Entendemos que dados sobre a população LGBT+ são fundamentais para a criação de políticas públicas .

Desde 2016, atuamos de maneira estratégica no campo da produção de dados.

Nossas pesquisas são inovadoras e têm grande importância política e histórica, uma vez que no Brasil existem poucos dados oficiais sobre a população LGBT+.

Elas são divididas em 3 pilares:

  • Reunimos informações e produzimos dados públicos sobre candidaturas e lideranças LGBT+, pressionando partidos e auxiliando nos mandatos. Leia o relatório A Política LGBT+ Brasileira: Entre Potências e Apagamentos

  • Aplicamos pesquisas nas manifestações de rua LGBT+ com o objetivo de gerar dados sobre as participantes e entendermos como as questões sociais e políticas são percebidas. Leia o Relatório das Paradas 2022.

  • Produzimos levantamentos de locais seguros para LGBT+, pois entendemos que a ocupação dos espaços do cotidiano são fundamentais para o avanço da representatividade LGBT+ na sociedade. Veja o MapaLGBT+ABC e o MapaLGBT+SP.

Eleições 2022

Ainda somos poucas na política, mas ahazamos nas eleições!

Candidaturas LGBT+ receberam em média 30% a mais de votos do que não-LGBT+*. Temos conquistado importantes e inéditos espaços, como a eleição de Erika Hilton e Duda Salabert para a Câmara dos Deputados.

Apesar dos avanços, seguimos sendo o grupo mais subrepresentado da política.

Somos 9% da população brasileira**, mas fomos 1% do total de candidaturas da última eleição e hoje ocupamos apenas 0,16% dos cargos eleitos.

*Levando em consideração apenas candidaturas aos cargos de deputada estadual, distrital e federal, em 2022.

**Pesquisa do Orgulho Havaianas/All Out/DataFolha, 2022.

Somos a diversidade na política

Das 18 eleitas para as casas legislativas da última eleição, 16 são mulheres, 14 são pessoas negras e 5 são trans.

Esse resultado é fruto do reconhecimento da importância da representatividade na hora de votar e também da aprovação de ações afirmativas na política, que garantem recursos mínimos para candidaturas de mulheres e pessoas negras.

Mas ainda é preciso avançar na diversidade entre as LGBT+ na política. Menos de 5% das candidaturas LGBT+ eram homens trans ou pessoas não binárias e nenhuma foi eleita em 2022. Hoje também não temos nenhuma representação LGBT+ indígena eleita. Apenas 1,5% das LGBT+ que se candidataram fazia parte desse recorte.

Bis, pans e lésbicas lideram a representatividade

Foram 53% das candidaturas LGBT+ e são 77% das eleitas.

Assexuais foram 0,3% das candidaturas LGBT+ e nenhuma pessoa do recorte foi eleita em 2022.

As LGBT+ eleitas são todas de esquerda

Acreditamos e defendemos que as questões relacionadas a direitos humanos e de grupos minorizados cabem em qualquer espectro político. Entretanto, as condições materiais oferecidas pelos partidos parecem ter grande influência, tanto na decisão de por onde se candidatar, quanto no sucesso eleitoral das candidaturas LGBT+.

86% das candidaturas e 100% das eleitas são vinculadas a partidos de esquerda.

Sudeste é quem mais elege LGBT+, mas existimos em todo país

Em 2022, as candidaturas LGBT+ estiveram em quase todos os estados, exceto Rondônia, mas apenas 8 estados conseguiram eleger LGBT+.

Tivemos pelo menos uma eleita em cada região do Brasil: 1 no Norte, Centro-Oeste e Sul, 2 no Nordeste e 13 no Sudeste.

 Vamos falar de política LGBT+?

Como é a relação de candidaturas e pessoas eleitas LGBT+ com os partidos políticos, com as eleitoras e eleitores e com os propósitos que nos levam a buscar por esses espaços?

O relatório “A Política LGBT+ Brasileira: entre potências e apagamentos”, é nossa investigação de maior fôlego, com 14 meses de trabalho, 30 representantes entrevistadas, censo LGBT+ nos partidos e análises de dados públicos.

Clique nas capas para baixar e ler.

Vamos imaginar uma nova política juntes?!

Parada é Fervo, Luta e Dado

Desde 2016, pesquisamos o perfil político dos participantes das paradas de Orgulho LGBT+ realizadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte e também da Caminhada das Mulheres Lésbicas de São Paulo. Desde 2019 incluímos a Marcha Trans de São Paulo e em 2022, a Parada de Florianópolis, SC.

Foram 11.080 entrevistas face a face e mais de 33.000 questionários preenchidos pela internet.

Veja abaixo algumas das nossas descobertas.

Paradas são festas políticas

Em todas as paradas que fomos, cerca de 80% das pessoas disseram estar ali por motivos políticos, seja apoiar a causa ou defender direitos. 

Paradas LGBT+ de SP e BH, 2017

Paradas são mais à esquerda

Há também uma tendência pela negação das tradicionais definições políticas de direita e esquerda: quase um terço das pessoas entrevistadas não se reconhece em nenhuma das opções apresentadas.

Parada LGBT+ de SP, 2017

LGBT+ querem votar cada vez mais em LGBT+

Em 5 anos, dobrou a intenção de votar em LGBT+ . Entretanto, em 2022, quase metade das entrevistadas não conhecia nenhuma candidatura LGBT+.

Parada LGBT+ de SP, 2017 e 2022

2020 - 2021

Diagnóstico LGBT na pandemia

Entre os dias 28 de abril e 23 de maio de 2021, mais de 7.000 pessoas LGBT+ responderam nosso questionário em todos os estados do país.

Além de procurar entender como anda nossa saúde mental, acesso a renda e rede de apoio — questões que se mostraram bem graves na pesquisa anterior — investigamos também questões de insegurança alimentar e pobreza menstrual de nossa população.

Acesse os relatórios de 2021 e de 2020 gratuitamente.

2018

Assédio no carnaval

No carnaval de rua da cidade de São Paulo, realizamos  uma pesquisa inédita sobre assédio com 1.170 pessoas entrevistadas.

Essa pesquisa contou com apoio da Ben & Jerrys.

Acesse a pesquisa completa.

Você também pode baixar os microdados aqui: Perguntas Carnaval 2018 e Respostas Carnaval 2018.

2018

Parada do Orgulho LGBTIQ de Belo Horizonte

Pela segunda vez, realizamos a Parada do Orgulho LGBTIQ de Belo Horizonte, repetindo a parceria com a Frente Autônoma LGBT. 

Com a ajuda de voluntáries, conseguimos 410 entrevistas.

Acesse aqui o relatório completo.

Você pode baixar os microdados aqui: Parada BH 2018

2018

Parada do Orgulho LGBTIQ de São Paulo

Em 2018, através do apoio da Ben & Jerrys conseguimos remunerar os pesquisadores durante a pesquisa da Parada em SP. Foram 310 entrevistas na caminhada, 920 na parada, totalizando 1.230 entrevistas face a face e mais 6.001 na internet.

Acesse aqui o relatório completo.

Você pode baixar os microdados aqui: Parada e Caminhada SP 2018.

2017

Semana do Orgulho LGBT de São Paulo

Em SP aplicamos um experimento comportamental em parceria com a FGV-Rio que também aconteceu na internet, recolhendo mais de 10.000 respostas durante a semana do Orgulho LGBT. 

Acesse aqui o relatório completo da Parada de SP, da Caminhada de SP, e da pesquisa pela Internet.

Você pode baixar os micro-dados aqui: Parada SP 2017, e Caminhada SP 2017.

2017

Parada do Orgulho LGBT de Belo Horizonte

Em 2017 foi o ano que inauguramos várias parcerias para realizar a pesquisa em outras paradas além de São Paulo. Em Belo Horizonte, contamos com a parceria da Frente Autônoma LGBT e a ajuda de muitxs voluntáries. Entrevistamos 425 pessoas

Acesse aqui o relatório completo.

Você pode baixar os microdados aqui: Parada BH 2017