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O lado Geek de Maisa

Apresentadora visitou a CCXP e conheceu um pouco do universo das meninas gamers

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Não é de hoje que Maisa, além de apresentadora, atriz e embaixadora de SEMPRE LIVRE® (@semprelivrebr), é frequentadora da CCXP. E dos dois lados do balcão: "Já participei do painel do Touro Ferdinando em 2017, já assisti ao painel do Como Treinar o Seu Dragão 3 em 2018... já fiz várias coisas na CCXP e todas foram bem legais", contou ela durante sua visita à edição deste ano do evento.

Mariana Pekin

Maratonista de séries convicta, Maisa (@maisa) dessa vez expandiu seus interesses conversando com meninas gamers, como a influenciadora Haru (@haru_jiggly), que tem seu trabalho com grande foco no universo dos games. "Conheço alguns jogos que estão mais na moda por causa dos meus amigos e meu namorado, que gosta de jogar. Não é muito minha praia, gosto mais dos clássicos tipo Mario, Donkey Kong. Mas sempre tive noção do tamanho do fenômeno", diz Maisa. Mesmo sendo uma área diferente para ela, Maisa conta que encontrou muito em comum entre a realidade das gamers e a sua: um histórico de mulheres tendo que provar sua capacidade, e a percepção de que as coisas estão melhorando.

"Vi que tem a mesma coisa, das mulheres sendo subestimadas, tendo que provar o potencial, isso tem por causa da sociedade mesmo. É o que a gente foi criada para achar normal. Mas as meninas estão mostrando que são capazes de fazer qualquer coisa com tanta competência quanto os meninos. E essa coisa de não poder ter amizade entre meninos e meninas também está acabando, porque as pessoas não têm mais vergonha de compartilhar seus gostos em comum. Seja o gosto por filmes e séries, por games, isso está ficando um pouco para trás. Óbvio que a gente ainda tem que se provar, coisa que muitos meninos e homens não precisam. Mas consigo perceber uma melhora enorme, principalmente porque as mulheres estão tendo voz para se posicionar e mostrar que podem ter gostos, hobbies e estilos parecidos com os dos meninos e está tudo bem. Não vão mais deixar de fazer uma coisa porque acham que elas não podem", afirma.

Haru compartilha o otimismo de Maisa. Há 12 anos, quando escolheu seu nick, era comum que as meninas optassem por apelidos neutros "pra que as pessoas não saibam logo de cara que você é uma menina. Haru, por exemplo, pode ser masculino ou feminino e adotei também por conta disso. Mas, hoje em dia, não faz mais sentido isso, atualmente é muito difícil sofrer hating só porque você é uma mulher nos jogos. Agora é muito tranquilo, eu poderia usar meu nome, que é Claudia. Não vejo mais tanto sentido assim que a gente tenha tanto medo e tenha que se proteger o tempo todo. Acho que a força e a competência das mulheres gamers já foi mais do que provada, e a gente não precisa ficar batendo nessa tecla", diz Haru.

Esse ambiente mais favorável, criado pelas meninas dessa geração e das que vieram antes, colabora para avanços em outros tabus, como a menstruação. Tanto Maisa quanto Haru sabem que seus períodos menstruais são algo totalmente natural e acreditam que entender e dizer #eumenstruo é o melhor caminho para tratar do assunto. "Nem sabia o que era 'Chico', descobri recentemente", diz Maisa sobre o famoso eufemismo usado antigamente para evitar a palavra menstruação. "Sempre tratei menstruação como uma coisa natural, nunca tive vergonha". Haru é do mesmo time: "Sou muito tranquila em relação à minha menstruação, eu sei que é um processo natural. Eu inclusive gosto dela, são ciclos que eu percebo em mim mesma e gosto de prestar atenção neles".

Mariana Pekin

#EuMenstruo

Vamos conversar sobre menstruação?

Mas como duas jovens com demandas profissionais intensas lidam com possíveis indisposições da menstruação em situações como programas ao vivo e longas maratonas jogando? Entendendo e aceitando que #eumenstruo, é claro.

"É um momento do seu corpo que você também tem que amar", afirma Haru. "Nunca vai ser um problema jogar, nem menstruada, nem ovulando, nem com dor, porque jogar pra mim faz bem. Temos qua aceitar melhor nossos fluxos, nossas fases. Não é nem nunca foi um problema", conta.

Mariana Pekin

"As próprias mulheres são educadas pensando que não podemos fazer certas coisas quando estamos menstruadas mas eu sempre soube que, apesar de algumas vezes ser mais difícil por conta de cólica, ou de fluxo, ou de a gente estar mais sensível, eu daria o meu melhor. E, que se eu não aguentasse, também paciência, sabe? Porque ninguém merece estar sentindo dor e ainda ter que dar o seu melhor", diz Maisa, cujo profissionalismo é inquestionável. "O negócio é ficar bem, conversar com pessoas de confiança que podem te ajudar e apoiar naquele momento". E bola para frente!

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