Como tornar a produção de alimentos mais sustentável?

As Secretarias de Estado de Infraestrutura Meio Ambiente e da Agricultura e Abastecimento (SIMA e SAA), em conjunto com a Associação de Agricultura Orgânica (AAO) e o Instituto Kairós, assinaram em 22 de maio de 2016 o Protocolo de Transição Agroecológica e de estímulo à produção orgânica com o objetivo de promover boas práticas agroambientais e o uso sustentável dos recursos naturais por agricultoras e agricultores, além de fomentar o incremento da produção, da oferta e do consumo de alimentos saudáveis e agrobiodiversos.

O Protocolo tem como proposta apoiar e viabilizar o processo gradual de mudanças do sistema produtivo convencional para um agroecossistema em acordo com os princípios da Agroecologia nas áreas rurais, urbanas e periurbanas do estado de São Paulo.

Por meio do Protocolo, os agricultores em transição adotam várias práticas agroambientais visando atingir parâmetros de sustentabilidade. Isso porque o aumento da consciência ambiental da população, fez crescer também o valor e o consumo de produtos sustentáveis, gerando uma demanda contínua e a possibilidade real de conciliar a atividade agrícola com a revitalização ambiental nas propriedades.

O Participe! realizou edições especiais sobre as práticas previstas no Protocolo de Transição Agroecológica, apoiando a capacitação técnica de Assistentes Técnicos e Extensionistas Rurais, dando oportunidade para que todos os envolvidos no processo tirem suas dúvidas e compreendam melhor os conceitos que embasam o check list do Protocolo.

Nesta edição o tema é Manejo Ecológico do Solo – Método Equilíbrio de Bases, do Dr. Willian Albrecht.

O equilíbrio de bases permite uma interpretação dos laudos e ou boletins de análise química do solo através de uma abordagem agroecológica. Os conhecimentos da Teoria da Trofobiose complementam a interpretação para garantir um solo nutricionalmente equilibrado para as plantas e desfavorável ao surgimento de pragas e doenças por não favorecer o acumulo de aminoácidos e açucares nas plantas.

De acordo com a teoria da trofobiose, plantas que crescem em solos férteis e equilibrados possuem resistência natural ao ataque de pragas e doenças. A aplicação de agrotóxicos e fertilizantes solúveis sem necessidade nos vegetais pode funcionar como um estímulo ao aparecimento de pragas e doenças. Solo equilibrado, plantas saudáveis e o meio ambiente agradece!

Araci Kamiyama, do Departamento de Desenvolvimento Sustentável da Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS)/Secretaria de Agricultura e Abastecimento, aborda a importância do tema no Protocolo de Transição Agroecológica.

E para aprofundar os conceitos neste tema, Sebastião Wilson Tivelli, Pesquisador Científico da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Se você é agricultor(a), extensionista, técnico(a), consumidor(a), estabelecimento comercial ou de órgão público, ou tem interesse em compreender melhor o Protocolo de Transição Agroecológica, acompanhe aqui como foi o bate-papo!

Links relacionados ao vídeo:

Lista de presença para envio dos Atestados de participação (obrigatório para técnicos da CDRS) será por meio do preenchimento do questionário de avaliação neste link.

Manejo Ecologico do Solo – Metodo Equilibrio de Bases – Tivelli APTA (apresentação Tivelli)

Instrucao Normativa 17/2014 MAPA – Estabelece o Regulamento Técnico para os Sistemas Orgânicos de Produção, bem como as listas de substâncias e práticas permitidas para uso nos Sistemas Orgânicos de Produção, na forma desta Instrução Normativa e de seus Anexos I a VIII.

Protocolo de Transição Agroecológica

Capacitação do Protocolo de Transição Agroecológica

Participe! Engenharia Conservacionista – prevenção e controle de erosão – Protocolo de Transição Agroecológica

 

13 Respostas para “Participe! Manejo Ecológico do Solo – Método Equilíbrio de Bases – Protocolo de Transição Agroecológica”

  1. Jose Roberto da Silveira disse:

    Bom dia, Senhoras e Senhores.
    Sou pós graduando em Direito Ambiental à distância, das FMU- preparo o projeto técnico para completar o curso. Aproveito o ensejo, e peço licença, de Vossas Senhorias, se possível, em colocar em pauta em comentar, NITRATO, contaminante em todos aquíferos terrestre. Sendo que os agrotóxicos emprega o solo para tal.
    Obrigado!

    1. Rozélia -Portal de Educação Ambiental disse:

      Olá José Roberto!

      Bem-vindo ao Portal de Educação Ambiental!

      Sua solicitação foi comentada ao vivo e esperamos que tenha que sido satisfatória.

      Agradecemos sua participação.

  2. daniela ribeiro camboim disse:

    Bom dia siu a Dani do Instituto Agroterra na Comunidade em Suzano,somos uma entidade sem fins lucrativos que visa trabalhos de educação ambiental,agroecológicos e produção de alimentos sem veneno.
    atuamos nas comunidades,escolas e ocupação de espaço ocioso,contribuindo com a conscientização da população, compostagem que ajuda a diminuir o volume do lixo que vai para os aterros, além de fornecer ótimos nutrientes para o solo e as plantas,plantamos e cultivamos as hortas urbanas.
    Estamos com um projeto AGROFLORESTANDO NA ESCOLA ODARIO FERREIRA DA SILVA.
    viveiro escola e horta comunitária junto com um lindo pomar .

    #GRATIDÃO

    1. Rozélia - Portal de Educação Ambiental disse:

      Boa tarde Daniela!

      Seja bem-vinda ao Portal de EA! Sua mensagem está sendo comentada ao vivo.

      Obrigada pela participação!

  3. Renata disse:

    A porcentagem de m.o é em função da CTC?

    1. Rachel - Portal de Educação Ambiental disse:

      Olá Renata! Bem-vinda ao Portal de EA e obrigada por sua participação! Falamos com o Tivelli sobre sua pergunta, e ele respondeu o seguinte:

      Prezada Renata,
      Entendo que não podemos afirmar exclusivamente que a porcentagem de m.o. está em função da CTC. Sabemos que a m.o. altera a CTC como aparece no trabalho de Ciotta et al., 2003 (vide o artigo Ciência Rural, Santa Maria, v. 33, n. 6, p. 1161-1164, nov-dez 2003).
      Att.,
      Tivelli

  4. Tayama Rdrigues Uchôa disse:

    Sou paulistana e me formei em agroecologia na Paraíba e trabalhei na ATER e no NERA UEPB gostaria de participar de novas lives .
    Gostaria de receber algúm material do palestrante, gostei muito do som do trêm!
    Obrigado.
    uchoa40@yahoo.com

    1. Rozélia - Portal de Educação Ambiental disse:

      Olá Tayama!

      Bem-vinda ao Portal de EA !

      Temos todos os Participes já realizados gravados e disponíveis aqui no Portal, alguns sobre este mesmo tema ou afins. Você pode acessá-los a qualquer momento. Assim também temos vários links recomendados pelos palestrantes e pelos técnicos da CEA.

      Nos acompanhe nos próximos eventos do Participe!

  5. Larissa Moraes Cordeiro disse:

    Boa tarde pessoal! Muito boa as falas! Muitos aprendizados!

    1. Rozélia -Portal de Educação Ambiental disse:

      Olá Larissa!

      Seja bem-vinda ao Portal de EA!

      Agradecemos sua avaliação e participação!

    2. Rozélia - Portal de Educação Ambiental disse:

      Olá Larissa!

      Seja bem-vinda ao Portal de EA!

      Agradecemos sua avaliação e participação!

  6. DIEGO BARROZO disse:

    Os limites de recomendação de incremento de até 9 ppm de fósforo e 150 kg de K por ano e a recomendação de até 2 toneladas de calcário (100 de prnt) por ha são utilizados?

    1. Rachel - Portal de Educação Ambiental disse:

      Olá Diego, bem vindo ao Portal de EA e obrigada por sua participação! Falamos com o Tivelli e sobre sua pergunta, ele respondeu o seguinte:

      Prezado Diego Barrozo,
      Lembra daquele slides em que apresentei o laudo da análise
      química do solo da propriedade da sra. Jessica em Limeira? Então, eu utilizei exatamente tais limites para informa-la que naquela área o tempo de correção seria maior do que 1 ano. A legislação orgânica nos informa que o período de conversão é no MÍNIMO de 12 meses para culturas anuais justamente porque há situações em que necessitamos de mais tempo para corrigir o solo ou para mitigar determinadas contaminações no solo.
      A minha recomendação para áreas orgânicas (depois do período de conversão) é que não seja aplicado mais do que 800 kg/ha de calcário. Isto tem a finalidade de evitar grandes alterações no pH do solo, pois os microrganismos do solo são muito sensíveis a essas alterações, assim como alterações de temperatura e umidade.
      Em relação ao K, além da quantidade temos de estar atentos a fonte. O cloreto de potássio (não permitido na legislação orgânica), por exemplo, elimina os microrganismos do solo.
      Att.,
      Tivelli

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