Câncer de Ana Beatriz Nogueira é o 2° mais comum no Brasil; veja como prevenir

A atriz descobriu o tumor no pulmão. Em geral, o diagnóstico ocorre através de uma tomografia ou de um raio-x de tórax, sendo necessário realizar uma biópsia do tumor

Ana Beatriz Nogueira vive Elenice, em

Ana Beatriz Nogueira  passará por cirurgia para retirar o tumor. Crédito: Rede Globo

A atriz Ana Beatriz Nogueira, no ar em 'Um Lugar ao Sol' como Elenice, descobriu que está com câncer no pulmão. O diagnóstico é de um tumor em estágio inicial, e a atriz de 54 anos passará por cirurgia para retirá-lo. Ela deve voltar ao trabalho na Globo em maio, quando começa a gravar a novela Olho por Olho, novela das 21h que estreará após Pantanal.

As informações são da colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo. Segundo ela, Ana Beatriz - que também convive com a esclerose múltipla - teve influenza e por isso precisou fazer uma tomografia. O exame detectou um pequeno tumor no pulmão. 

O câncer de pulmão é o segundo tipo de tumor mais comum entre homens e mulheres (sem contar o câncer de pele não melanoma), sendo o com maior taxa de mortalidade. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), ele representa cerca de 13% de todos os novos casos de câncer no Brasil.

A oncologista Camila Beatrice explica que, assim como todos os tecidos do corpo, o pulmão é composto por células. Essas células vão se dividindo e se reproduzem de uma forma ordenada e controlada. "Se houver alguma alteração celular que altere esse processo, o organismo produz excesso de tecido, que dá origem ao tumor. Se o tumor for maligno, o crescimento comprime e destrói os tecidos normais à sua volta, isso seria, nesse caso, um tumor localizado no pulmão", diz.

Além do tabagismo, que é o principal fator de risco, outras questões estão relacionadas com o surgimento de câncer no pulmão, como ser fumante passivo, a exposição ao gás radônio, exposição ao asbesto, ao arsênio, e alguns agentes que são ocupacionais, como níquel e o cromo. Também é preciso levar em consideração a poluição atmosférica e o histórico pessoal ou familiar de câncer de pulmão.

TRATAMENTO

A oncologista Virgínia Altoé Sessa, da Oncoclínicas ES, conta que o principal fator de risco é o consumo de tabaco e seus derivados. "A história familiar também é um fator de risco relevante. No entanto, não está claro o quanto desse maior risco decorre de fatores hereditários e o quanto é pelo hábito de fumar", diz. 

"Os principais sintomas são a tosse com piora progressiva, muitas vezes associada com sangue, a falta de ar, a dor nas costas e pneumonias de repetição"

"Os principais sintomas são a tosse com piora progressiva, muitas vezes associada com sangue, a falta de ar, a dor nas costas e pneumonias de repetição"

Virgínia Altoé Sessa

Segundo o Inca, cerca de 85% dos casos estão associados ao consumo de derivados do tabaco, e em 2020, o tabagismo foi responsável por 161.853 óbitos no Brasil. Por isso, a conscientização sobre os efeitos nocivos da substância é tão importante.

Em geral, o diagnóstico ocorre através de uma tomografia ou de um raio-x de tórax, sendo necessário realizar uma biópsia do tumor. "A suspeita pode surgir pelo simples raio-x de tórax, que é geralmente complementado com tomografia do tórax. O diagnóstico mesmo é dado pela biópsia que pode ser realizada por broncoscopia (como se fosse uma endoscopia do pulmão) ou guiada por tomografia, a depender da localização da lesão pulmonar", explica a médica Virgínia Altoé Sessa. 

Já o tratamento escolhido vai depender do estágio em que o tumor se encontra. Nos estágios mais iniciais, podem ser feitas cirurgia e a quimioterapia, como é o caso da atriz que passará por uma cirurgia. Nos intermediários, no geral, são utilizadas quimioterapia com a radioterapia, dependendo do caso. Já nos estágios avançados, são utilizadas a quimioterapia e radioterapia juntos, e mais atualmente, também a imunoterapia. "Em lesões ainda mais avançadas, o tratamento se baseia basicamente em quimioterapia e imunoterapia, quando possível, além de terapias alvo, que estão cada vez mais específicas e eficazes para o tratamento", diz Virgínia Altoé Sessa. 

A oncologista ressalta que, para prevenir a doença, o recomendado é não fumar, ou cessar o hábito tabágico, uma vez que cerca de 90% dos casos desse câncer está associado com o tabagismo, além de evitar a exposição a certos agentes químicos. "Ter uma vida com hábitos saudáveis, como o consumo de alimentos frescos e atividade física, contribuem para prevenção desse e de outros cânceres", finaliza Virgínia Altoé Sessa. 

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