Uma recuperação no resultado dos quatro grandes bancos já era esperada no primeiro trimestre, mas ela foi mais forte do que se previa. Juntos, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil (BB) tiveram lucro líquido de R$ 21,838 bilhões, que representa um salto de 55,6% em relação aos primeiros três meses de 2020.
Foi um desempenho ainda mais reluzente que a estimativa de R$ 19,88 bilhões na média das projeções compiladas pelo Valor junto a dez casas de análise.
Os bancos sinalizaram que o pior ficou para trás, e se mostraram moderadamente otimistas com a economia. Isso não significa que não há incertezas pela frente. O impulso para os resultados veio da forte queda das despesas com provisões para devedores duvidosos (PDD) — reforçadas no primeiro trimestre do ano passado, quando a crise estourou. A margem financeira começa a mostrar recuperação, mas receitas de tarifas seguem pressionadas. A inadimplência não veio até agora, e a expectativa é que fique aquém do patamar de outras crises. Um tema que dominou as falas dos presidentes dos bancos foi a busca por ganhos de escala e eficiência, em meio a um cenário de competição mais acirrada e novas tecnologias.