Brasil quer atrair nômades digitais, profissionais que podem trabalhar de qualquer lugar. Veja como
Levantamento aponta que há 35 milhões de trabalhadores com esse perfil no mundo, com renda superior a R$ 34 mil por mês. País já tem visto especial para atrair essa mão de obra
João Sorima Neto e Raphaela Ribas
30/01/2022 - 03:30
/ Atualizado em 30/01/2022 - 08:13
SÃO PAULO E RIO - O Brasil entrou na disputa para atrair os chamados nômades digitais, trabalhadores qualificados de alta renda que podem trabalhar de qualquer lugar, um estilo de vida que ganhou força com o home office na pandemia.
O Relatório Global de Tendências Migratórias 2022 da Fragomen, empresa especializada em serviços de imigração mundial, estima que 35 milhões de profissionais tenham esse perfil no mundo e prevê que o número pode chegar a um bilhão em 2035.
Cerca de 40% deles têm renda superior a R$ 34 mil por mês e chegam a gastar em torno de R$ 4,2 milhões por ano.
Foi de olho nesse grupo seleto que o Conselho Nacional de Imigração, do Ministério da Justiça, regulamentou na semana passada
a criação de um visto especial
.
A ideia é permitir que estrangeiros possam ficar por um ano (com possibilidade de prorrogação) aqui, mesmo vinculados a empresas do exterior. A mudança abre oportunidades para setores como os de hospedagem e escritórios compartilhados.
O foco está em executivos, especialistas, gestores de investimentos, criadores de conteúdo e outros profissionais que só precisam de um laptop e uma boa conexão para produzir.