Violência em números
O Dia da Mulher já é celebrado internacionalmente no dia 8 de março há mais de um século. Embora a intenção da data seja celebrar as mulheres, é essencial falar de um assunto que pode atingir, e de fato atinge, milhares de mulheres: a violência doméstica. Este problema é enfrentado por mulheres do mundo inteiro, sem discriminação geográfica.
Em estudo publicado pela revista científica The Lancet, em fevereiro de 2022, dados sobre a prevalência da violência contra as mulheres do banco de dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) demonstram que 27% das mulheres de 15 a 49 anos sofreram episódios violência doméstica em suas vidas.
Santa Catarina, por sua vez, possui um triste e impressionante marco na violência contra a mulher. Segundo dados da Corregedoria-Geral do MPSC, apenas em 2021, 300 denúncias (ações penais) por violência doméstica e feminicídio foram oferecidas. Neste ano, até o mês de março, já foram oferecidas 51 denúncias por esses mesmos crimes.
É fundamental ressaltar que a mulher adulta não é a única a sofrer violência doméstica: o número de jovens que sofrem violência dos parceiros é alarmante, e os impactos dessa violência que as jovens encaram podem ser duradouros. Assim, se é possível ensinar nas escolas o que é considerado violência doméstica, além do que fazer caso você ou alguém que você conheça se encontre nessa situação, isso precisa ser feito. Para que a violência doméstica contra mulheres e meninas possa ser eliminada, uma série de ações legais e educacionais são cruciais.
"Oi, Meu Nome é Maria": próximos passos
As iniciativas da campanha "Oi, Meu Nome é Maria" foram uma das formas que o MPSC encontrou para enfrentar a violência doméstica em 2022. Mais palestras como estas serão realizadas ao longo dos próximos dias nos municípios de Taió, Paraíso, Major Vieira, Canoinhas, Presidente Castelo Branco, Braço do Trombudo e Pouso Redondo.
Acreditamos na capacidade transformadora de campanhas como essa, que mobilizam os jovens e impulsionam conversas sobre um assunto tão delicado e que atinge tantas mulheres brasileiras. Os adolescentes são capazes de moldar e melhorar o futuro do Brasil, e para que isso seja possível é necessário que tenham as ferramentas corretas. Os Promotores e as Promotoras de Justiça do MPSC fizeram um maravilhoso trabalho para que os estudantes tivessem acesso a mais informações, debates e conhecimento.
Plantamos a semente. Nossa esperança é que ela floresça em um amanhã com mais amor, respeito e segurança para as mulheres.