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05 DE AGOSTO DE 2019

Artistas criam obras inspiradas em livro sobre dialeto caipiracicabano


Verbetes da obra de Cecílio Elias Netto ganharam leituras em exposição na Câmara



EM PIRACICABA (SP)  

Luis Marangoni fez obra a partir do verbete Porva

Luis Marangoni fez obra a partir do verbete Porva

Luis Marangoni fez obra a partir do verbete Réiva

Luis Marangoni fez obra a partir do verbete Réiva
Foto: Davi Negri - MTB 20.499 (3 de 5) Salvar imagem em alta resolução

Bruno Didoné, diretor do Departamento de Documentação e Transparência

Bruno Didoné, diretor do Departamento de Documentação e Transparência

Porca Miséria, de Vitoria Melega

Porca Miséria, de Vitoria Melega

Paia, de Gabriela Barretto

Paia, de Gabriela Barretto
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Luis Marangoni fez obra a partir do verbete Réiva



Patrimônio histórico e cultural imaterial de Piracicaba, o característico modo de falar da cidade se transformou em um livro de sucesso, produzido há mais de 30 anos pelo jornalista e escritor Cecílio Elias Netto. Agora, os verbetes presentes na obra Dicionário do Dialeto Caipiracicabano – Arco, Tarco, Verva ganharam uma leitura leve e descontraída, como forma de marcar o aniversário de 252 anos da cidade. Trata-se da exposição As Feição do Arco, Tarco, Verva, com abertura nesta terça-feira (6), às 15h, no hall do Salão Nobre Helly de Campos Melges da Câmara de Vereadores de Piracicaba.

A exposição é uma soma de esforços do gabinete do vereador Pedro Kawai (PSDB), também vice-presidente da Casa de Leis, e do Departamento de Documentação e Transparência da Câmara.

O parlamentar se desdobrou no convite aos artistas e ilustradores Erasmo Spadotto, Maria Luziano, Marangoni e Tarciso de Barros Lorena, enquanto o Departamento de Documentação e Transparência pinçou talentos na própria equipe de estagiários de design, caso de Vitória Melega e Gabriela Barretto, além de Felipe Pasqualino Marques da Silva, estagiário de história e entusiasta da área, e da colaboração de Matheus Brandolise, de Tietê. Também produziram trabalhos Felipe José Corrêa, estagiário de design do Departamento de Comunicação, e Mariana Oliveira, Marcos Saito, Bianca Menegon e Guilherme Fischer, os quatro alunos do artista Amauri Ribeiro.

O vereador Pedro Kawai diz que a exposição vem como uma dupla homenagem à cidade. “Sempre há a busca por evidenciar, no mês de agosto, as boas características de Piracicaba. A arte é o espaço adequado para isso, pois temos talentos a perder de vista. Neste caso, em especial, além de termos encontrado artistas dispostos a darem suas contrições com as releituras, reverenciamos um livro de sucesso, de uma pessoa respeitada como o Cecílio Elias Netto”, diz o parlamentar.

O diretor do Departamento de Documentação e Arquivo, Bruno Didoné de Oliveira, dá mais detalhes sobre o termo ‘feição’, utilizado no título da exposição: “como piracicabano que sou, cresci ouvindo meus avós falarem sobre a feição de alguém, quando se referiam à aparência externa de uma pessoa. É isso o que fazemos na mostra: levamos aos artistas a ideia e eles ficaram livres para escolher os verbetes a serem ilustrados. Assim, aproveitamos uma palavra típica do caipira, feição, e damos ao público a possibilidade de conhecer a leitura dos artistas sobre os verbetes.”

O livro Dicionário do Dialeto Caipiracicabano – Arco, Tarco, Verva é considerado um dos mais conhecidos do jornalista Cecílio Elias Netto. Sua sexta edição foi publicada em 2016, com 1.479 verbetes.

Além dos tradicionais “Arco, Tarco, Verva” ––que dão título ao livro––, entre os verbetes que ganharam releitura estão abafá, porva, reiná, reiva, posá, lavá a égua, lembrá de cabeça, malemá, migué, dor na escadera, um pé lá otro aqui, tedéo, filão, dois par de vaso, rua de duas mão, pau de virá tripa, dá coa mão, morte morrida, tirá paia, porca miséria e banho de gato.

SERVIÇO – Exposição As Feição do Arco, Tarco, Verva. De 6 a 30 de agosto, no hall do Salão Nobre Helly de Campos Melges da Câmara de Vereadores de Piracicaba (rua Alferes José Caetano, 834, Centro). Visitas de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Entrada gratuita. Informações: (19) 3403-7130.



Texto:  Rodrigo Alves - MTB 42.583


Cultura Pedro Kawai

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